outubro 13, 2013

O que faz um protagonista ser odiável?

Beauty in Everything - Photography

Talvez eu seja a única fora do contexto aqui, talvez todos vocês amem protagonistas e eu seja a única louca o suficiente para abominar personagens principais. O fato é, na minha humilde opinião, personagens principais são simplesmente odiáveis. Principalmente em sagas e séries.

O que faz de um protagonista tão odiável assim?

Usaremos um exemplo clássico: Existe algum motivo para o Harry Potter ser tão entediante? Certo, ele não é completamente inútil, mas totalmente irritante. Não estou falando mal da saga, interpretem-me, estou falando do personagem. Ele é um nobre demais, certinho demais. É verdade que essas são as características da Grifinória, mas o Harry é tão assim que chega a ser chato. Ele está sempre tentando fazer as coisas certas e pensa cinco mil vezes antes de agir. Na minha opinião, personagens diplomáticos são insuportáveis.

Outro tipo de personagem principal que me irrita são as Mary Sues. A primeira Mary Sue que me veio à cabeça foi a Annabeth, de Percy Jackson. Linda, inteligente, forte, guerreira, educada, diplomática, orgulhosa, boa namorada. A personagem perfeita, não é mesmo? Mas pensem comigo, a perfeição não é irritante? Quero dizer, qual e a graça de um personagem se ele não faz nada de errado? Qual é a graça de um personagem se ele não erra, se ele não tem um defeito? É exatamente este o meu ponto.

O protagonista está sempre tentando salvar o mundo, pensa dez vezes antes de dar um passo e sempre pensa em soluções diplomáticas mesmo que a situação, os leitores e todos os personagens coadjuvantes peçam uma Terceira Guerra Mundial. Digo, uma saga é boa quando tem um bom enredo, mas este não seria muito melhor se o protagonista fosse um pouco mais... imperfeito?

outubro 10, 2013

Pétalas


Alice,
onde estás?
Devo questionar-me
por que me deixara para trás?

Alice, diga-me
Se pudesse
E se em sua mala eu coubesse
Você me levaria também?

Alice,
Por que és tão fria?
Tens o coração tingido de cinza
Como a rainha de Alexandria?

Mas Alice, saiba
Embora não tu não me queiras
Que prender-te-ei ao teto do meu quarto
Entre todas as minhas estrelas

E para a escuridão melancólica
Em alta voz direi
Que entre mil pétalas que possuo
A única que quero é você

outubro 07, 2013

Until I fall asleep


Não sei todos, mas eu particularmente amo cair no sono e dormir tranquilamente ouvindo música. Não músicas que eu ouviria normalmente, nenhuma das músicas da minha playlist atual, mas aquelas tranquilas e bem conhecidas, como temas de filmes clássicos ou tocadas só por um violão ou ukulele. Algumas músicas me deixam nostálgica, outras me deixam feliz, mas dormir ao som de qualquer uma dessas me deixa tranquila, então preparei uma pequena playlist com as minhas músicas favoritas para ouvir até cair no sono.

A primeira é uma música famosa e bonita, antiga, mas tá valendo. Conhecem a música I'm Yours do Jason Mraz? Muito famosa nos anos 2008/2009, com uma melodia calma e letra que quase todos conhecem de cor, minha primeira opção para dormir.

A segunda música é uma música um pouco antiga e pouco conhecida até que o girlgroup britânico Little Mix fez um cover de estúdio após vencer o The X Factor UK. A música Cannonball, do cantor irlandês Damien Rice tem uma letra apaixonante e uma batida tão calma-quase-parando.

Eu tenho vários segredos e um deles é que eu sou Directioner e logo, conhecendo as belas músicas gravadas pelos meus garotos, tive que selecionar pelo menos uma para ocupar o terceiro lugar dessa playlist. Irresistible é uma das minhas únicas músicas favoritas do cd Take Me Home, com uma letra tão meiguinha quanto a melodia que a acompanha.

Ocupando a quarta posição está a minha música favorita do momento, para momentos asleep ou não, Wake me up, do grande (ou pequeno?) Ed Sheeran. Eu, particularmente, prefiro gosto da versão ao vivo, mas de qualquer maneira continua uma grande música, em poucas palavras.

Under the water é uma das minhas músicas favoritas da banda The Pretty Reckless. Não é tão calma quanto as outras desta playlist, mas é boa para quem gosta de dormir refletindo.

A última, mas não menos importante é a que me inspirou a fazer esta playlist. O tema do clássico Peter Pan é bonito, tem som de infância e traz saudades. Para mim é como Mozart para os bebês, é só dar play e eu gradativamente caio no sono, nostálgica e feliz.

outubro 04, 2013

J.


Minha cabeça dói e meus olhos pesam, mas não consigo dormir. Estou entorpecida, confusa e dopada. Interiormente, pergunto-me: “onde está minha mente? Onde está meu coração?”, e apesar de saber a resposta, desejo ardentemente respondê-la; minha mente e meu coração estão com ela.

Ela é como uma droga. Um anjo, um demônio. Meu inferno pessoal. Desde as pontas dos dedos dos pés de Cinderela até o último fio do cabelo sempre multicolorido. Ela é quase tudo. Não podia significar nada. Não quero não querer vê-la, mas já não sei mais o que desejar. Ela construiu-me como um quebra-cabeças, apenas para desmoroná-lo mais rapidamente.

Sangro meu coração para pedir que não vá, mas sei que ela já está longe. E todos os caminhos que andei sozinha foram para nada. Porque no final nada me restou. Ela já está longe, com outra, e eu deitada nua no chão duro admirando o ébano da noite sem luar perguntando-me se era esta mesma cor que preenchia os olhos dela.

Já estou bêbada demais para prestar atenção às minhas próprias palavras de consolo. Minhas mãos não me obedecem, minhas pernas tremem enquanto linhas quebradas e vermelhas no espelho ainda guardam a imagem de seu rosto. Curvado, confuso e belo. Afrodite fora generosa, de fato. A pele alva, os olhos expressivos e as linhas que traçam o caminho tortuoso até seus lábios vermelhos. A minha tentação.

Engano-me dizendo que ela não se foi, que ainda está dormindo inocentemente em nossa cama. Mas sei que não é verdade. Entrego minha alma e meu coração em palavras para dizer, que embora eu esteja estilhaçada, tudo é nada sem ela. E embora ela já esteja em algum lugar onde não possa ouvir meus gritos, repito baixinho o que sempre quis dizer:

Meu coração é seu, Juliana.

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outubro 01, 2013

Resenha: Trocada


Trocada
Amanda Hocking
Rocco, 2013

Quando Wendy Everly tinha seis anos, sua mãe foi convencida de que ela era um monstro e tentou matá-la. Onze anos mais tarde, Wendy descobre que sua mãe poderia estar certa. Ela não é a pessoa que ela sempre acreditou ser, e toda a sua vida começa a ser desvendada. Tudo por causa de Finn Holmes. Finn é um cara misterioso e parece estar sempre olhando para ela. Cada encontro deixa Wendy profundamente abalada. Mas não é muito antes de ele revelar a verdade: Wendy é uma changeling que foi trocada ao nascer e ele veio para levá-la de volta para casa. Agora Wendy parte para uma viagem a um mundo que ela nunca soube que existia, um que é ao mesmo tempo belo e assustador. E onde ela deve deixar sua antiga vida para trás para descobrir qual será o seu destino.