Por onde andei? Nem eu mesma sei. Desaparecida, corrida, sumida da vida por um tempo. Precisava de um tempo, uma respiração, nada muito longo, apenas um compasso. Pensando na vida, no mundo, na geofísica complicada de mim mesma. Falando assim, pareço quase melancólica. Quase boba. Quase rítmica. Quase uma poesia. Poesia inacabada, indireta e amadora.
Refletindo sobre poesia, percebo que não venho postando muita coisa além dos meus rascunhos receosos que gosto de pensar que possuem uma natureza poética. Peço desculpas, deve ser entendiante chegar e ver um novo texto em linhas cortadas que nem parece tão atrativo assim. E títulos, rimas e coesão. Há coisas mais importantes, mas sou péssima em todos os três. Meus títulos são pequenos, sem esperança, títulos femininos para poesias de criança. Minhas rimas são palavras sem conexão em que apenas eu consigo encontrar uma linha tênue. E minha idéia de coesão não é a mais coesa de todas.
E aos que perguntam nos comentários se tais versos são meus. Lhes digo que são completamente crias dessa imaginação insossa e insana que habita minha mente. Inclusive este que lhes apresento hoje. Sem títulos, sem rimas elaboradas, sem coesão não coesa.